SOJA
Mais da metade da soja produzida no mundo é proveniente dos países do Cone Sul. O aumento do consumo de carne, principalmente da China, impulsiona a demanda por ração de soja da América do Sul. Isso torna necessário o aumento do volume e da produtividade sem avançar em áreas de alto valor de conservação ou comprometer a estabilidade dos ecossistemas.
DESAFIOS & SOLUÇÕES
A expansão da soja exerce pressão sobre a Amazônia, o Cerrado, a Mata Atlântica e o Gran Chaco Americano. Nesse contexto, facilitamos o diálogo público-privado para identificar o que produtores e produtoras necessitam para adequar a gestão de suas propriedades rurais ao atual ordenamento territorial e para produzir mais sem conversão do uso da terra. Isso inclui, por exemplo, aproveitar áreas de pastagens degradadas com modelos de baixas emissões de carbono. Dessa forma, as condições para o cumprimento legal aumentam, e podem ser desenvolvidos incentivos para prestadores de serviços que garantam a sustentabilidade do ecossistema.
O primeiro passo para melhorar a sustentabilidade dos fornecedores da região é conhecer quais desafios enfrentam para alcançar um uso mais eficiente do solo. Por meio de parcerias com comercializadoras globais, como a ADM, a COFCO e a Cargill, consolidamos um modelo de assistência técnica. Apoiamos essas empresas na identificação dos riscos em suas cadeias, estruturamos processos de melhoria contínua adaptados ao produtor e monitoramos o progresso do grupo em direção à sustentabilidade. Desenvolvemos também mecanismos para facilitar o acesso a informações rastreáveis, transparentes e atualizadas sobre suas cadeias de abastecimento.
Além de demonstrar aos produtores e produtoras que a expansão da soja sem mudança no uso da terra é tecnicamente possível, é necessário também desenvolver mecanismos de compensação para aqueles produtores e produtoras rurais que não usam seu direito de desmatar e mantenham as áreas de vegetação nativa além da sua reserva legal. Também é necessário incentivar que os produtores adquiram novas áreas já desmatadas em vez de áreas florestais. Uma forma que buscamos para realizar isso é a inclusão de padrões ambientais nos procedimentos de empréstimo dos bancos e o desenvolvimento de novas linhas de crédito.