O Brasil está entre os dez maiores emissores de gases de efeito estufa (GEE) do mundo, os quais, em conjunto, respondem por dois terços das emissões globais. No país, os setores de Mudança do Uso da Terra e Floresta e da Agropecuária têm sido os principais responsáveis pelas emissões, contribuindo para 74% das emissões nacionais em 2016 (SEEG, 2017).
Ainda que as unidades agropecuárias de pequena escala representem 24% da área rural e 75% da população rural (FAO, 2012; IBGE, 2006), os esforços na quantificação das emissões e remoções de GEE da agricultura brasileira têm se concentrado nos cultivos agrícolas e sistemas de produção animal de larga escala (Brasil, 2016).
A presente avaliação, realizada em parceria com o Imaflora, visa contribuir para o desenvolvimento territorial inclusivo e para a agenda climática brasileira através do fomento à adoção de boas práticas agropecuárias de baixas emissões de carbono em unidades produtivas familiares. A partir dos resultados deste estudo, a Solidaridad busca compreender os riscos e oportunidades para a agricultura familiar na Amazônia visando colaborar para a melhoria de políticas públicas e setoriais para uma agricultura de baixo carbono.
Dessa maneira, o objetivo do estudo foi criar uma estrutura para estimar o balanço de emissões de GEE e, a partir dela, avaliar cenários futuros de manejo do uso do solo numa unidade produtiva familiar média na Amazônia, tendo como base as experiências da iniciativa Territórios Inclusivos e Sustentáveis no assentamento Tuerê, no município de Novo Repartimento, no Estado do Pará, Brasil. Além disso, o estudo buscou oferecer suporte ao monitoramento abrangente e expedito de GEE em sistemas diversificados de produção familiar.
Boa leitura!