Os avanços da agropecuária de cria sustentável na Amazônia e seu potencial para a expansão do trabalho de pequenos produtores é tema de vídeo lançado pela Solidaridad Brasil. A película mostra como boas práticas pecuárias e que não demandam novas áreas abertas de floresta, são fundamentais para uma agricultura de baixo carbono.
O aumento da produtividade e da renda e a manutenção das novas gerações no campo são alguns dos benefícios para os produtores atendidos pelo projeto. O resultado advém da implementação de novas técnicas de criação e manejo da pastagem em áreas já desmatadas.
Por meio do projeto Territórios Inclusivos e Sustentáveis na Amazônia, promovido pela Solidaridad Brasil desde 2015 no assentamento rural Tuerê, em Novo Repartimento, no Pará, mais de 150 pequenos produtores recebem assistência técnica para a recuperação de áreas de pastagens degradadas. Além disso, técnicos recebem capacitação. A iniciativa tem apoio financeiro da Good Energies Foundation e da Agência Norueguesa de Cooperação Internacional (Norad).
O aprimoramento das práticas agropecuárias e o aumento da produtividade dos pequenos pecuaristas freiam o desmatamento e vêm acompanhados da redução das emissões de Gases do Efeito Estufa (GEE), o que contribui para o alcance das metas brasileiras para a redução do aquecimento global. É o que aponta o estudo Os pequenos grandes: Desafios da pecuária de cria sustentável na Amazônia e o potencial dos Núcleos de Inovação e Aprendizagem (NIAs), realizado pela Solidaridad, Universidade de Wageningen e Grupo de Trabalho da Pecuária Sustentável (GTPS), em colaboração com pesquisadores da Embrapa, lançada em maio deste ano.
A pecuária na Amazônia exerce protagonismo no meio rural, uma vez que quase um terço do rebanho bovino brasileiro se encontra na região. Somente entre 2003 e 2013, houve um incremento de 200% de cabeças de gado no bioma. Dados preliminares do Censo agropecuário 2017, produzido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que só o Pará tem o quinto maior rebanho bovino do país, com quase 16 milhões de cabeças de gado. Concentra-se nas regiões sudeste e sul do estado, com destaque para os municípios de São Félix do Xingu, Itupiranga, Marabá e Novo Repartimento, município em que mantemos nosso projeto.