Boas práticas climáticas, ferramentas digitais, assistência técnica e inovação são os temas abordados na segunda edição da Campanha de Fortalecimento das Associações de Produtores de cana promovida pela Solidaridad e a Orplana
Boas práticas climáticas, desenvolvimento e uso de ferramentas digitais, melhoria da assistência técnica e inovação. Esses são os temas de enfoque dos projetos aprovados na segunda edição da Campanha de Fortalecimento de Associações de Produtores de Cana, parceria entre a Organização de Associações de Produtores de Cana do Brasil (Orplana) e Fundação Solidaridad. Das seis iniciativas aprovadas para receber assistência técnica e consultoria, quatro já começaram o seu desenvolvimento e focam no impacto no campo junto a produtores e produtoras rurais. Os projetos são da Associação dos Plantadores de Cana do Oeste do Estado de São Paulo (Canaoeste), Associação dos Fornecedores de Cana de Piracicaba (Afocapi), Associação dos Fornecedores de Cana de Guariba (Socicana) e Associação dos Plantadores de Cana do Médio Tietê (Ascana).
O projeto da Canaoeste prevê a formação de um comitê de produtores, criado para implementar e acompanhar a evolução gradativa das boas práticas agrícolas na produção de cana-de-açúcar. Com o objetivo de levar conhecimento da universidade para o campo, a Afocapi desenvolverá seu projeto de “Treinamento sobre identificação das principais plantas daninhas de ocorrência na cultura de cana-de-açúcar”. Já a Socicana contribuirá com a digitalização para capacitações técnicas, visando levar conhecimento ao produtor de maneira digital e massificada. Por fim, a iniciativa executada pela Ascana pretende garantir maior agilidade na amostragem e nas decisões para manejo da colheita, por meio da compra do espectrômetro NIR portátil para canavieiros e canavieiras.
Pelo segundo ano consecutivo, as associações vinculadas à Orplana foram estimuladas e orientadas a apresentar projetos inovadores aos produtores de cana-de-açúcar para poderem participar do edital apresentado pela Solidaridad. No primeiro ano, apenas quatro associações apresentaram um projeto cada. Já neste segundo ano, dez associações inscreveram 19 projetos, sendo seis aprovados e contemplados com os recursos do edital. Esses números demonstram um impacto no aprendizado das associações em participar de iniciativas assim, bem como a oxigenação de mindset na busca de novos serviços e soluções aos associados”, afirmou.
Após os bons frutos colhidos na primeira edição, estendemos o edital para todas as organizações participantes do Muda Cana e houve uma alta adesão, com projetos muito promissores que levarão ao que buscamos: impacto no campo. Apoiar a associação em projetos que elas veem como importantes para sua atuação junto aos produtores, para que consigamos fortalecer e engajar a cadeia da cana, é o nosso papel principal em projetos como este”, comenta.
No primeiro edital, projetos de quatro associações foram selecionados para consultoria técnica e auxílio financeiro: Associação dos Fornecedores de Cana da Região Oeste Paulista (AFCOP), Associação dos Fornecedores de Cana da Região de Bariri (Assobari), Canaoeste e Socicana. As iniciativas contaram com a criação de aplicativos digitais, sistemas de gestão de informação, modernização de equipamentos e ferramentas e um curso de capacitação voltado para o setor com foco em boas práticas agrícolas, legislação ambiental e trabalhista, sustentabilidade, sucessão e associativismo.
SOBRE O MUDA CANA
Fruto da parceria entre a Fundação Solidaridad e a Orplana, o programa Muda Cana oferece desde 2017 suporte a produtores e produtoras e a 19 associações de produtores para se tornarem mais sustentáveis. A assistência técnica é fornecida a partir da melhoria da gestão e de uma abordagem que contemple os desafios socioambientais da propriedade. Por meio do associativismo, o programa auxilia os agricultores a terem redução de custos, aumento de práticas sustentáveis e condições para se adequar às exigências das leis ambientais e trabalhistas.
A Solidaridad atua há mais de dez anos no setor sucroenergético brasileiro. O foco do seu trabalho está no fortalecimento das associações de produtores de cana visando impactar seus associados, que representam quase 25% da cana produzida no país e são elos fundamentais da cadeia.